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terça-feira, 18 de agosto de 2009

ONDE ESTÃO AS ÁRVORES QUE COMPRAMOS NOS SUPERMERCADOS E POSTOS DE GASOLINA?


Por Leonardo Pessanha

Mkt "Verde"

Quem, quando, onde e quanto plantou? São perguntas que devem ser feitas pela sociedade e por todos os cidadãos "consumidores" às empresas e organizações que fazem propagandas de projetos de reflorestamento e recuperação ambiental no Brasil.

Uma das questões que intrigam os militantes "realistas" e "pragmáticos" da causa ambiental e da sustentabilidade "na prática" é a localização dos plantios de mudas e árvores propagandeados por diversas empresas no Brasil. Trata-se de uma pergunta que não quer calar e que não tem sido feita, como deveria, em nosso país, onde, em alguns (ou muitos?) casos, o que se "vende" para a opinião pública e para os "stakeholders" não é o que se pratica de fato.

Se fizermos um levantamento do que já saiu em jornais e revistas, além do que já se foi divulgado na televisão, rádio e internet, na forma de matérias pagas ou campanhas publicitárias, nos últimos anos, sobre o reflorestamento de "milhões de hectares" ou o "plantio de milhões de mudas", vamos ficar com a nítida impressão de que vivemos num país onde o total de área reflorestada ou revegetada provavelmente deve superar o total de área desmatada.

Algumas empresas chegam, inclusive, a anunciar que, depois de realizarem o plantio de "milhões de mudas de espécies nativas de florestas", passaram de uma situação de "passivo" para "ativo" ambiental, o que, se for verdade, é maravilhoso. As questões são simples: onde estão essas árvores? De onde saíram tantas mudas para realizar esses plantios? O que se plantou? Quem fiscaliza ou audita esses projetos?

É sabido hoje que, no caso da Mata Atlântica, por exemplo, a demanda de mudas para os projetos de reflorestamento ou recuperação ambiental é bem maior do que a oferta existente. Portanto, fica a dúvida: de onde saem as mudas que são plantadas pelas empresas que comunicam para os seus clientes e para o mercado em geral que, para cada litro de combustível colocado nos postos ou para cada embalagem de sabão em pó comprada, dentre outros inúmeros exemplos de "ações de marketing verde", uma árvore é plantada? Onde estão sendo feitos esses plantios? Há algum órgão fiscalizador capaz de comprovar a efetividade dessas campanhas?

Esta é uma questão que deve ser feita não só pela mídia, mas também pelos "públicos de interesse" da organização e por todos os cidadãos e consumidores que, muitas vezes, embarcam nesses apelos publicitários com a intenção legítima de "fazer alguma coisa pelo meio ambiente". Se não houver um controle dessas campanhas no sentido de se exigir a comprovação inequívoca do que se promete fazer, corremos o risco de assistir a uma multiplicação de iniciativas vazias de sentido na área ambiental e a uma banalização do que se chama hoje de "sustentabilidade".

Se desejam resolver os seus passivos ambientais, promover ações que compensem a emissão de dióxido de carbono, investir em projetos de recuperação de áreas degradadas e até vender créditos de carbono, as empresas devem, antes de mais nada, criar e utilizar critérios comprobatórios das suas ações. Ao mesmo tempo, deveria caber ao governo, às ONGs e à sociedade uma atitude de cobrança e de fiscalização dessas iniciativas. Dessa forma, ao comprar um produto que, por exemplo, valha uma árvore, o consumidor poderá ter a certeza de que ela será mesmo plantada e, se quiser, ser informado de quando, onde e por quem.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Lula 2.0

Do IDG Now!

internet
Mídia Digital

O que Lula pretende com o Blog do Planalto

Por Guilherme Felitti, do IDG Now!

Publicada em 13 de agosto de 2009 às 07h00

No ar em caráter experimental e ainda restrito, canal faz parte de estratégia para aproximar da Presidência da República do público jovem.

O governo federal decidiu abraçar uma ferramenta que servirá ao mesmo tempo como canal oficial da Presidência da República e veículo para alcançar as novas gerações que estão conectadas à internet: o blog.

Planejado para o final de julho, o lançamento do espaço do Planalto nas redes sociais atrasou em função de realização de ajustes para melhorar a qualidade do blog, segundo responsáveis pelo projeto na Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) ouvidos pelo IDG Now!.

Quando estiver disponível na rede, o Blog do Planalto deverá derrubar as expectativas de que se trata de um espaço para que o presidente Luis Inácio Lula da Silva se comunique com cidadãos em uma linguagem informal e condizente com a plataforma.

Na prática, o espaço na web se concentrará na rotina do presidente, publicando posts que comentarão assuntos envolvidos em sua agenda diária e reaproveitando ocasionalmente conteúdos de outros canais de comunicação do governo, como o programa
Café com o Presidente, veiculado toda segunda-feira e produzido pela Radiobrás.

Inspirado em Obama

A participação de Lula, segundo a equipe responsável pelo Blog do Planalto, será parecida com a do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no
blog da Casa Branca: a gravação ocasional de vídeos com explicações sobre as decisões governamentais e a transcrição de discursos feitos em compromissos oficiais, reaproveitados no blog com imagens dos eventos.

Segundo a Secom, Lula já viu e gostou do Blog do Planalto. Mas sua agenda apertada impossibilitará contribuições constantes nesse canal de comunicação.

Essa mídia servirá também cumprirá o papel de estabelecer o diálogo com a juventude , uma parcela da população que, segundo a Secom, não utiliza mais os veículos tradicionais da imprensa - mesmo na internet - para se informar e formar opinião. O raciocínio do governo é que o público almejado, composto majoritariamente por jovens, encontraria no Blog do Planalto uma fonte de informação confiável.

“Como o governo federal deixou de ter veículos de comunicação estatais (a
TV Brasil e a Agência Brasil são públicas), voltaremos a ter a informação primária à disposição do público na internet”, afirma um representante da Secom que prefere não se identificar.

Não é só com a gravação de vídeos que o blog brasileiro seguirá o norte-americano - o próprio modelo do Blog do Planalto foi baseado no formato usado pela equipe de Obama para divulgar informações sobre o processo de transição nos Estados Unidos.

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Sem comentários
Na parte técnica, ele usará a plataforma de publicação aberta WordPress, feeds de RSS que reproduzem os posts por inteiro, uma nuvem de tags próxima ao pé para ajudar na navegação do leitor, conteúdo disponível pela licença Creative Commons e, conforme a imagem divulgada pela equipe responsável, já possui vídeos, podcasts e perfis em redes sociais integrados.

Ainda que conte com muitas das ferramentas utilizadas pelo modelo padrão de blog - como post com link permanente, botões para compartilhamento em redes sociais, arquivos separados por meses, sistema de busca e lista de conteúdos mais acessados -, falta ao Blog do Planalto uma das funções mais importantes da mídia social: os comentários.

Na consulta aberta pelo grupo para que leitores opinassem sobre o blog, boas parte das sugestões dizia respeito à presença de um campo para manifestação de opiniões. Com a decisão tomada sobre a ausência de comentários (como forma de não "atrair a disputa política para o blog", diz a Secom), o canal terá uma tecnologia para interatividade indireta dos leitores.

Nenhum dos responsáveis pelo Blog do Planalto ouvidos pelo IDG Now!, porém, adianta que tipo de ferramenta será essa e como leitores poderão se expressar por ela. A imagem divulgada pelo órgão, contudo, mostra um contador no final do post com a quantidade de outros blogs comentando determinado conteúdo, uma referência clara ao sistema de trackback.

A tecnologia trackback permite que o post liste todas as referências feitas ao seu conteúdo por meio de um link em outros blogs. Dessa maneira, leitores do post original têm acesso a outros pontos de vista ou argumentos complementares sobre a discussão iniciada pelo site que recebe o link.

Outros projetos

O Blog do Planalto lidera outras iniciativas planejadas para formar canais oficiais da Presidência da República nas redes sociais.

O acordo com o Google, que viabilizará o canal do blog no YouTube, está prestes a ser fechado . Assim, o órgão publicará vídeos sem restrição de tamanho (atualmente, usuários podem exibir material que tenha duração máxima de 10 minutos ou 1 GB de tamanho,
segundo o serviço).

Caso o acordo com o Google Brasil (algo que
a Casa Branca também tem com o serviço) não seja concluído em tempo hábil para estreia do Blog do Planalto, a Presidência planeja colocar os vídeos no ar em um canal provisório. Contas no Twitter, no Flickr e em redes sociais, como Facebook e Orkut, terão que esperar um pouco mais.

Antes de se colocar em outros mecanismos de mídia social, a Secom quer ter certeza de que a equipe alocada para o Blog do Planalto (composta por dois repórteres, um designer e um programador, comandados pelo jornalista Jorge Henrique Cordeiro, responsável pelo blog
O Escriba) darão conta da atual estrutura do veículo.

Hospedado pela DataPrev, o Blog do Planalto já está no ar, embora de acesso restrito à equipe, com conteúdo produzido há cerca de 20 dias para “encontrar o tom ideal” dos posts que serão veiculados.

Ainda que não definam uma data exata para estreia, os responsáveis pelo projeto na Secom admitem que o lançamento está próximo e pode “acontecer nas próximas semanas”.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Teste sua paciência

Por que sites e portais adoram ficar sacaneando a gente pedindo que sejam digitados "os caracteres que você vê na figura abaixo"? Tipo:
Visual verification



Responde rápido: isso é pegadinha? Ou é um jeito de fazer com que a gente desista logo da coisa? Hoje fiz elogios ao Google, por causa da chuva de meteoros, mas já os retiro. Porque estou tentando há horas lembrar a senha de uma conta de e-mail no GMail e aí aparecem... os caracteres que você vê na figura abaixo. Aí você tenta e nada, e não sabe se errou mais uma vez a senha ou, bosta retardado que é, não conseguiu decifrar os caracteres tortinhos... Aliás, por que eles são tortinhos?

Fã do Google e dos tais meteoros Perseídeas


Demorei a acessar o Google hoje e quando o fiz, me surpreendi com a logo que remete à chuva de meteoros Perseídeas... Parece que a coisa vai acontecer esta noite, e é uma pena que, da minha janela, eu tenha um pedaço de céu tão pequeno. Queria muito ver a chuva dos meteoros Perseídas, que eu não conhecia. Até lá, imagina a chuva de comentários em blogs sobre a iniciativa do Google, e a coisa vai se tornar mais um viral do gigante da web. Um viral poético.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Até 2012?


Dessa pra melhor...

Em entrevista, Chris Anderson, que escreveu o ótimo A Cauda Longa, disse que nem usa mais palavras como notícias, jornalismo e mídia porque elas são coisas do século passado. Assessoria de imprensa, então, tal qual nós conhecemos, deveria entrar na mesma lista, embora muita gente, no Brasil, ainda não sabe bem o que a "profissão" ou "atividade" agonizante significa.

Tenho lido e escutado que descobriram uma "nova" profecia de Nostradamus, segundo a qual o mundo não deve passar mesmo de 2012. Parece que esse exercício de futurologia também foi feito por outras culturas, como os maias (ou incas, sei lá). Bem, de um jeito ou de outro, a tendência é de que nós, assessores de imprensa do século XX, sejamos extintos do planeta...