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quarta-feira, 26 de março de 2008

"Não preciso de mídia..."

Gente, eu sempre soube que, além de incompetente que sabe se passar por competente para muita gente boa e para muita gente boba, o nosso alcaide era meio "fora da casinha".
Mas, a considerar as últimas genialidades que andou falando, César Maia se superou. A um jornalista que lhe perguntou porque andava tão ausente da mídia, sem se pronunciar sobre a tragédia da dengue, ele mandou algo como:
- Há cinco anos a minha agenda pública é fechada por mim. Sou um político muito conhecido e não preciso de mídia (da visibilidade que se consegue com o contato físico coberto pelos meios de comunicação)...
- ???
Eu pensava que um prefeito devesse atender e "usar" a mídia para dar satisfações à população sobre o que tem feito e está fazendo pra resolver os problemas da cidade, e não pra ficar mais conhecido.
Algum assessor puxa-saco do famoso alcaide, em quem me orgulho de não ter votado, deve ter falado: "ó, César, tá pegando mal tudo isso jorrando no noticiário, o governador e o ministro da saúde se posicionando ante ao problema, dando entrevistas, e você quieto... Pode soar como omissão...".
E aí vem o nosso grande administrador, que conseguiu, em mais de uma década de desgoverno, atolar o Rio num grande lamaçal perfeito para a proliferação de mosquitos, parasitas e outros tipos de "pragas", e nega que haja uma epidemia na cidade...
Ele, aliás, adora números e estatísticas, e outro dia disse que nos hospitais administrados pelo Estado estavam acontecendo mais mortes do que nos hospitais do Município... Temos de torcer por alguém nesse campeonato do horror?
Falta pouco mais de 250 dias pra nos livrarmos do nosso prefeito, que não precisa falar sobre o problema da dengue na mídia porque já é muito conhecido etc e tal... Até lá, certamente, ainda vamos ter de aturar muitas surrealidades.
OBS: acho que todo mundo deveria ler o artigo que o repórter Nelito Fernandes, de Época, assina na edição desta semana da revista, falando sobre o seu pai, que sobreviveu a uma série de situações limites e morreu, há poucos dias, de dengue.

Um comentário:

Anônimo disse...

Salve Leo! Passei aqui para dar uma olhada, depois de longo inverno... Essa situação no Rio é um absurdo. O que mais me causava espanto eram os políticos discutindo se era epidemia ou não, enquanto isso, os mosquitos deliravam de alegria...Não vi a matéria do Nelito, mas vou ler... O resto falamos por email... Continue blogando. bj, Cátia