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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Esquizofrenia...



O dia-a-dia de quem trabalha em uma agência "pequena" de Comunicação Organizacional não é nada fácil. Às vezes, nos sentimos divididos ante a uma realidade um tanto quanto esquizofrênica, haja visto o abismo entre o que lemos, aprendemos, vivemos e entendemos como sendo a "nova comunicação" (e o novo mundo dos negócios em tempos de web 2.0) e as velhas demandas "táticas", "ferramentais" e "de retorno imediato" de alguns clientes com os quais convivemos (e por causa dos quais sobrevivemos)...

Já faz algum tempo que ouvimos dentro e fora dos meios acadêmicos que a Comunicação Organizacional deve ser "integrada" e "estratégica". Que imagem, reputação, identidade e credibilidade são essenciais para o sucesso empresarial. Que, com o novo capitalismo globalizado e cada vez mais "tribalizado", segmentado e personalizado, o marketing e a comunicação deverão ser revistos, porque o "novo" consumidor-cidadão não só pensa diferente, como age diferente, interage, participa, produz, escolhe o que deseja com um toque no mouse...

E por aí vai.

Mas, voltando para a nossa realidade nua e crua, será que os "nossos clientes" sabem disso? Saindo do universo dos clientes micros, sem uma cultura sólida de marketing e de comunicação, será que os capitalistas brasileiros - pelo menos a maioria deles - estão preparados para agir de forma diferente e procurar se adaptar aos novos contextos de negócios, conhecimentos e redes de relacionamento que estão sendo criados?

É engraçado ver como ao lado de empresas emblemáticas do século XXI existem outras, e bota outras nisso, que insistem em colocar as fichas em preços baixos, em propinas, em fórmulas "geniais" de sonegar impostos, em colaboradores desvalorizados... E continuam ganhando dinheiro dessa forma. Mas até quando? E até quando uma parcela mais do que significativa dos empresários e gestores brasileiros vai ver o marketing e a comunicação como um "luxo", como uma despesa "eventual" para se produzir um site, um folder novo ou uma mala direta?

Um comentário:

Thaís Freitas disse...

Pois é, essa é uma realidade muito brasileira mesmo. E parece que ainda leva um tempo para mudar de verdade... infelizmente!