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segunda-feira, 10 de março de 2008

"O celular como centro do mundo"

Postado por Elis Monteiro em 3/3/2008, no Blog Telefonia Etc, do Globo Online

O celular como centro do mundo

Nosso amigo Rodrigo (o onipresente, aquele que muda de sobrenome mas que está sempre de butuca ligada) me sugeriu escrever sobre a chegada em massa dos grandes nomes ao mundinho do telefone celular. Estamos falando sobre o interesse cada vez mais evidente de marcas como Google, Yahoo! e Microsoft pelo espaço das telinhas dos celulares.

Um dia, não faz muito tempo, Bill Gates (a quem eu carinhosamente chamo de Tio Bill, já que depois de 11 anos convivendo com ele acho que tenho o direito) disse que no futuro tudo ia desembocar no celular, que ele seria o centro do entretenimento. Digo mais: ele vai ser isso, sim (na verdade, já começa a ser), mas ele será também o centro da comunicação e também garantirá para si funções como pagamento (leram a matéria da Economia do Globo de domingo?), recebimento de informações pessoais e muitas outras coisas.

Ele tem a seu favor a proximidade com o usuário - está sempre ali, por perto, prontinho para ser acionado - e, claro, a mobilidade. E é por essas e por outras que todo mundo quer estar ali.

Não foi há muito tempo também que o desktop era o alvo de toda essa animada indústria. Era para o micro de mesa que ela despendia anos e anos de pesquisas e investimentos e esforços de criatividade.

Agora, a tela do celular não é mais o limite. Assim, veremos chegar uma nova leva de serviços e aplicativos criados especialmente para o celular - deve acabar a onda das adaptações de softwares. Um exemplo disso deve ficar claro com a chegada do Android, o sistema operacional da Google com a Open Handset Alliance (OHA).

Por último, não dá para esquecer que há muito mais telefone celular no mundo que PC. É fato: há pelo menos três vezes mais celulares que micros de mesa no mundo. Como esquecer todo esse potencial?

O que teremos daqui para a frente? Eis as minhas apostas: 1) plataformas abertas para que quaisquer desenvolvedores possam criar produtos para as telinhas; 2) mais ofertas de serviços que até então não eram criados para celulares; 3) mais investimento, nos produtos móveis, por parte de empresas antes ligadas apenas ao mundo dos desktops e notebooks, como a Dell; 4) serviços mais simples e mais intuitivos, já que os celulares exigem isso; 5) o desenvolvimento de aparelhos que já trazem funções modernas "de fábrica", além de uma maior liberdade para o download de mais softwares, o que deixará nossos aparelhos com as nossas caras.

Elis Monteiro

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